PS: Sugiro que vc tenha tempo. nem eu nunca escrevi um post tao longooooo e cheio de detalhes.
eu volto logo.
Beijos
Eu to achando que estou viciando nesse negocio de blog. Quero contar mais, quero ler os comentários...será que isso pega??? Kkk Esse será o último meninas, por isso vai ficar um tanto grandinho, perdoem-me.
Bom, como comentou a Luiza no post anterior, fez um calor infernal aqui em Ctba , fora de época. Anormal eu diria pra essa cidade, kkk.
Ah, esqueci de comentar no blog anterior, que antes de irmos pra Disney, tive o prazer de conhecer duas amigas da Fer, a Rafa e a Bruna. Duas fofas. Agradeço a Deus pela amizade delas pela minha filha, pois sabemos que vcs au pairs ficam muito carente de afeto familiar aí, e verdadeiras amigas são mais do que irmãs. E elas se falam todo dia ( e como falam). Meninas, vcs são lindas. Amei as duas.
Tb fui conhecer a casa do Greg. Até que não estava muito desorganizada pra uma casa onde só moram marmanjos e com um cão labrador enorme ainda por cima. Mas com certeza precisaria de uma boa faxina (até me ofereci pra isso mas a Fer descartou essa possibilidade).
Continuando... de volta da viagem ao mundo mágico da Disney, no domingo, após o Greg nos pegar no aeroporto, fomos almoçar num restaurante mexicano em Washington. Aí eu falava, Fer, pede comida sem pimenta. Acho que a garçonete ouviu isso umas 10 vezes mais ou menos. E não é que tava uma delicia o prato. Após o almoço, como era dia de jogo do time do Greg ( Steellers) e da Fer agora (imagine se ela ia contrariar o namorado), ele nos levou para conhecer o bar desse time, pra ver como é que torcem os americanos. Gente, quanta diferença daqui. Todos com camisa do time, vários telões ligados no jogo, muita música nos intervalos, mesas cheias, muita gente na maior harmonia. E olha que perto dali tinha o bar do time adversário. Ou seja, não teve brigas, discussões ou bebedeiras. Fiquei impressionada. Mas ficamos um pouquinho só, pq eu, uma senhora, me senti um pouco deslocada (kkk) aí fomos pra casa, descansar pq ninguém é de ferro.
Bom, durante a semana toda, como a Fer ainda estava de férias, nossa rotina era levantar as 9h30 mais ou menos, tomar café, e sair pra rua, ou melhor, para os shopping. As coisas são mais baratas que aqui no Brasil, mas para a gente que ganha em real, não dá pra ficar comprando tudo o que vê. A Fer dizia, olha mãe, que baratinho. E eu respondia, pra vc que ganha em dólar pode ser, mas pra mim que tenho que converter, preciso pensar. Ouvi muitas vezes ela dizer, mãe: quem converte não se diverte. As vezes tinha que esquecer mesmo isso pra poder abrir a carteira (kkk).
Mas quem realmente abriu a carteira foi minha filha adorada. Ela não me deixou gastar com nada que não fosse pra mim mesma. Pagava tudo e ainda me encheu de presentes (eba) .Pra se ter uma idéia, eu fui com duas malas, sendo que uma que levei era de presentes pra Fer, pra família dela, pro Greg, enfim...voltei com 3 malas estourando, só pra mim e pro Lucas....que gostoso.
No dia 14 de outubro, foi niver do Kobi, menino mais novo que a Fer cuida, e ele queria uma festinha brasileira. Então na terça voltamos mais cedo das “compras” pra fazer brigadeiro. Vieram algumas au pairs com suas kids: A Sandra, a mais nova da turma, um doce de menina, super simpática. A Vanessa que já chegou me chamando de tia, alegria em pessoa, veio tb a Carol que estava se despedindo pq ia embora ( a essa altura já foi). Felicidades pra vc Carol. Também veio a Rafinha, que já citei no começo do post, e veio uma nanny mt simpática, que não era brasileira, portanto não rolou diálogo (kkk). A casa ficou cheia de crianças, brincando pra todo lado, e as au pairs botando os assuntos em dia ( se é que tinha alguma novidade, pq elas se falam toda hora).
Tinha pizza ( que eu não consegui gostar mt não por conta do molho), tinha um bolo com velinha, brigadeiros e limonada. Muitas bexigas verde e amarela. A graça ficou por conta do parabéns. Primeiro as meninas cantaram em inglês, bem devagar, sem palmas, como é o costume americano, aí a segunda parte foi em português, com muitas palmas. Teve a continuação: é pic, é pic...é hora...é hora....e o aniversariante roxo de vergonha, quase entrando embaixo da mesa, mas muito feliz.
Na quinta-feira, fomos jantar com as meninas no Olive Garden (restaurante preferido da Fer ). Lá eu conheci a Ana. A baiana mais querida do mundo que me dizia assim: minha tia, eu não quero ir embora. Torce por mim pra que eu consiga ficar. To torcendo Ana, acredite. Gostei muito de vc. Também conheci a Grazi. Toda delicada, linda e simpática demais. Pude conversar mais um pouco com a Rafa, a Bruna .Estávamos em 9 pessoas. Fomos as ultimas a deixar o restaurante. O garçon já estava erguendo as cadeiras e nós ali comendo. Foi uma noite muito agradável e muito fria tb.
Nos dias seguintes, mais shopping, target, ross, pq a Fer ainda tinha grana pra gastar comigo...mas chegou uma hora que ela falou: mãe, vai demorar pra vc ir embora? Meu saldo no banco ta cada dia mais baixo (kkk).
Também visitamos alguns lugares nesses dias: Em Arlington fui conhecer o famoso cemitério. Fiquei impressionada com a organização . Fomos pra Alexandria, uma cidadezinha bem bonitinha. Conheci Bethesda, Rockville, Potomac, Baltimore ( pena pra mim e sorte pra Fer que naquele dia o aquário estava fechado, ela não precisou gastar mais) kkk.
Pra Washington DC fomos duas vezes para poder ver todos os monumentos e alguns museus mais importantes. Adorei principalmente onde foi filmado Uma noite no Museu 2. Andei pacas naqueles dois dias. A única queixa foi achar um lugar pra estacionar. O que é aquilo? Anda, anda, dá uma volta na quadra, duas e cadê a vaga? Tivemos que colocar o carro muiiiito longe e ir andando, mas valeu o sacrifício.
Pra Washington DC fomos duas vezes para poder ver todos os monumentos e alguns museus mais importantes. Adorei principalmente onde foi filmado Uma noite no Museu 2. Andei pacas naqueles dois dias. A única queixa foi achar um lugar pra estacionar. O que é aquilo? Anda, anda, dá uma volta na quadra, duas e cadê a vaga? Tivemos que colocar o carro muiiiito longe e ir andando, mas valeu o sacrifício.
O dia da minha volta estava chegando e a saudade já ia apertando. Na minha penúltima noite na casa, eu não consegui dormir. A Fer e o Lucas já estavam no 4º sono e eu acordada, chorando e escrevendo um recadinho pra deixar pra minha filha. Meu pijama encharcou. Foi mt triste. Já me imaginava aqui de volta, sem ela, sem poder abraçar, beijar, apertar, brigar, discutir, aconselhar. Passa tanta coisa na cabeça da gente, que só as mães sabem do que eu to falando.
Eu viajaria no domingo, às 8h30 saindo de NY, então nós teríamos que viajar de carro até lá no sábado a noite. E foi o que fizemos. Saímos a meia noite e meia de casa. Antes disso a host da Fer, veio se despedir de mim. Falou até pra eu ficar até o natal (kkk). Falou ainda pra voltar qdo quiser. Ah se fosse mais perto.... muito legal ela dizer isso.
Chegamos as 5h da madruga no aeroporto JFK. Fizemos o check in, tomamos café e ficamos ali dando um tempinho. Eu passei pela fiscalização do embarque as 7h20 mais ou menos. Deixando a Fer e o Greg aí do outro lado me olhando, me dando tchauzinho. Gente, só de escrever e relembrar, estou engasgada (snif). É de acabar.
Bom, entrei e a Fer foi embora. Estavam super cansados tadinhos. E eu aguardando o meu vôo que era as 8h25.
Percebo uma agitação esquisita perto da tripulação no saguão. Dei um jeito e sentei de costas pra eles .Escuto um cidadão com uma pastinha na mão dizer para o comandante: o vôo vai atrasar umas duas horas. Gelei. Pensei caramba, se atrasar esse eu perco o outro em S.P. que vai pra Ctba. O horário havia mudado aqui no sul pra horário de verão, ou seja, 2h de diferença .Aí o comandante, depois que o carinha saiu de perto, falou assim pro resto da turma dele: vou tirar esse atraso no ar. Duas horas de atraso vou fazer virar uma só.Como assim???
Eu não sabia se ficava feliz ou se chorava. Se ele fosse mais rápido do que o normal, eu não perderia o vôo, mas e o medo? Ele pode ir mais rápido? Não seria perigoso? Mas se ele fosse na velocidade normal, minha ida pra casa naquele mesmo dia não ia rolar. Ai Senhor, me de calma, foi o que pensei. Depois de um tempinho, fui falar com o carinha da TAM e expliquei a ele meu caso, e ele disse, não se preocupe senhora. Se o seu vôo já tiver saído qdo chegares em S.P. a TAM coloca a senhora no próximo vôo. Ufa, to salva, pensei.
As 10h em ponto eu estava no ar. Tratei de mudar o horário do meu relógio pro horário de S.P. e fiquei monitorando. Será que vai dar tempo? Pensei nisso o tempo todo.Durante o voo, o comandante avisou umas 6x pra colocarmos o cinto, pois estávamos passando por uma área de turbulência. Bota turbulência nisso. Sacudia tudo. Teve uma senhora que até gritou .Chegamos as 21h15 e eu tinha que fazer o check in até as 21h30. Eu queria sair do avião o mais rápido possível, mas pobre não tem mt sorte. Tínhamos que esperar o povo mais favorecido financeiramente da 1ª classe descer. Que óóódio. Eles eram mt lentos. Quando finalmente desceram já eram quase 21h30, mas como a esperança é a ultima que morre, eu ainda tinha um pouquinho. Saí correndo pelo aeroporto atrás das minhas bagagens. Adivinhem? Elas quase sempre são as ultimas a chegarem. Peguei as malas e ainda tive que ir atrás da declaração da receita, pq no avião, só os da primeira classe que recebem. Para os pobres nunca tem, sempre acabou. Aí eu ia andando e escrevendo. Super mega nervosa, mãos suando, a caneta achou de pifar bem na hora, eu estava quase chorando. E a fila da alfândega era enorme, mas andava mt rápido e eu não conseguia escrever. Que nervoso. Quando finalmente passei pelo cidadão, com o documento na mão, só lembro dele ter perguntado: ta vindo da onde? E eu quase passando por ele, disse meio baixinho: de NY. E passei. Eu devia estar toda descabelada, suada que ele nem se interessou em ver minha bagagem (dois carrinhos) Ainda bem, pq eu estava trazendo tanta coisa, inclusive o wii que a Fer deu pro Lucas. Ufa, estava livre dele. Saí quase correndo pra fazer meu check in, olhei no relógio eram 22hs. Dancei. Já sabia que não daria, mas fui confiando no que o carinha tinha me falado: eu iria no próximo vôo. Fiquei sem ação qdo o atendente me disse: - nosso próximo vôo pra Ctba é amanhã as 8h55, mas ta lotado. O que tem lugar é o das 12h30, mas a senhora poderá ir pra um hotel conveniado com a TAM, com direito a jantar e café da manha. Uma van vai lhe levar e buscar amanhã no horário que a sra.agendar.
-Eu tenho opção? Perguntei a ele.
-Não senhora.
-Então ta, vou fazer o que?
O Lucas mto nervoso quase abriu a boca a chorar. Eu quero ir pra casa, quero ir pra aula amanha.
-Fique quieto menino, já to nervosa. Não me deixe mais. Não há o que fazer, portanto, relaxe. Bom, fomos de van pro hotel Dobly Internacional. Quando cheguei lá até que não achei ruim ter perdido o voo (kkk). Era lindo, e eu então teria mais um dia de férias.. Bom, pra resumir, há meia noite fomos jantar (uma delicia), com direito a uns 10 tipos de sobremesa. Não se assustem, eu só comi uns 4 tipos. Depois de uma ducha fomos dormir. Eu estava tensa, mas com a barriga cheia pelo menos. Acordamos as 9h, tomamos um senhor café da manhã, tomamos a van e retornamos pro aeroporto. Fiz o check in , despachei as malas ( paguei excesso de bagagem, por que será heim?) e fomos sentar. Dali uma horinha e meia já estaríamos voando. Será? Que nada. Quando faltava uns 40 minutos, ouvimos no auto-falante: atenção senhores passageiros do voo numero tal, esse voo foi cancelado. Favor comparecer no balcão nº 7. Oque?????? Só pode ser piada. Fui doida da vida pro tal balcão e fui informada que a aeronave teve problemas por isso teve de ser cancelada. Mentira. Tinha poucos passageiros, então resolverão juntar todos do meu voo, com os das 15h30.
Ou seja eu só viajaria pra casa 3 horas depois. Fizemos um lanchinho rápido (e caro por ser em aeroporto) e ficamos esperando a hora. De repente nos avisaram que o embarque seria no portão 1. Descemos. Esperamos 20 m e nada. Fui falar com rapaz e ele me disse, vai ser no portão 3 mesmo. Eu que antes estava só nervosa, comecei a ficar brava com o atraso, cancelamento,sobe e desce.
Voltamos pro portão 3 e já tinha fila. Que bom, agora a gente vai. Quando entrei, tinha uma senhora no meu assento. Eu falei pra ela, educadamente, meu banco é 1E, e ela: o meu tb, e me mostrou o ticket. Ai meu Senhor, será que vou ter que sair do avião agora? E minhas malas? Eu tava mt preocupada com minha bagagem..medo que se extraviassem, sei lá. E foi entrando mais pessoas e a gente ouvia, esse é meu assento. È meu tb. Maior confusão. O comissário foi chamado e ele disse, olha, é melhor vcs sentarem onde tem lugar e vamos ver o que acontece. Eu que já tava sentada no banco que não era meu, pq a sra. estava no meu lugar, tratei de fechar meu cinto e disse: daqui ninguém me tira. Não saio nem amarrada. Estou desde ontem querendo ir pra casa, que fica só a 55m daqui e não consigo. O que aconteceu, foi que juntaram os dois vôos num só, e esqueceram de mudar os números dos tickets. Mas coube todo mundo, graças a Deus.
Na hora de sair, Deus mandou uma baita chuva. A sra. sentada do meu lado começou a rezar e eu segurava na mão do meu filho e pensava: Ai Senhor, não to gostando da idéia de voar com chuva. Será que dava pra esperar só mais um pouquinho? E orei tb é claro. A turbulência foi tanta que o comandante avisou que não teria serviço de bordo. As comissárias estavam sentadinhas com o cinto preso o tempo todo. Foi bem tenso, mas enfim chegamos sãos e salvos. Em Ctba chovia mt. As malas chegaram na plataforma todas molhadas, e adivinhem quais foram as ultimas? As minhas é claro. Todo mundo já havia saído e eu fui ficando nervosa de novo, achando que minhas malas tinham ido pra outra cidade, já que o destino final do voo não era em Ctba.
Pegamos um táxi e seguimos pra casa. Trânsito terrível e onde eu moro, é a rua mais engarrafa no fim do dia de toda a cidade. 10 minutos pra andar 3 quadras. Finalmente eu estava em casa. A pressa era tanta pra entrar, ver meu cãozinho, que achei até que nem se lembrava mais de mim, que puxei pela alça da mala pra subir na calçada e esqueci de como estava pesada. Resultado: arrebentei a alça. ( tudo bem, a mala era da Fer mesmo, kkk).
Viram porque chamei meu filho de boca santa?
Em casa fiz como a Fer pediu, coloquei na cama tudo o que trouxe dos states, presentes que ganhei e o que comprei pra tirar uma foto. Gentem....minha cama ficou tão cheia que nem deu pra ver tudo na foto. Eba.
Meninas, eu queria que esse post fosse o último, pra não cansar vcs, mas a pedido da Leticia e Rafa, que queriam que eu falasse das diferenças entre os nossos paises, talvez eu faça isso na próxima vez.
Agradeço de coração a paciência e o carinho de todas.
Beijos